sábado, março 24, 2012

METEOROLOGIA E ASTROLOGIA

É tão pouco inteligent navegar sem conhecimento das condições meteorológicas quanto é pouco inteligente viver sem conhecimento das condições astrológicas.

quarta-feira, março 14, 2012

A "PRIMAVERA" SÍRIA E A ASTROLOGIA

Um excesso de compromissos tem retardado meu cumprimento da promessa de que iria, baseado essencialmente em dados provindos da Astrologia, fazer previsões sobre fatos mundiais de universal acesso, de forma a que se pudesse checar o quanto tal tipo de dados, ainda que em mão não mais que sofrivelmente competentes, são capazes de gerar acerto.  Para atenuar o débito no cumprimento de minha promessa, hipotetizo que:

(1) o fato de que o movimento aparente de Urano tornar-se-á retrogrado em meados de julho deste ano sugere que apenas nessa data ocorrerá um apaziguamento do conflito deploravelmente sangrento  ora em curso na Síria - seja com vantagem para os rebeldes ou para Assad (mais provavelmente para esse último) - conflito que irá novamente recrudescer a partir de meados de dezembro (= movimento novamente direto no curso de Urano), iniciando-se uma tentativa concreta de formação de um novo governo em fins de julho de 2013 (novamente retrógrado);

(2) A existência da República Árabe da Síria passou foi proclamada (= nasceu), em Damasco (33N30, 36E18), numa sexta-feira, no dia 29 de setembro de 1961, em hora desconhecida, e estou considerando uma carta erigida arbitrariamente para as 0h00min desse dia e outra para as 12h00.  Se essas cartas não estiverem muito longe da verdade, uma real mudança de governo deveria ocorrer apenas no fim do primeiro semestre de 2014 (ano, aliás, em que, por razões que levaria mais tempo do que disponho para expor aqui, o império de Putin sobre a Rússia deve terminar, talvez coincidindo até com grave enfermidade desse governante);

Essas minhas previsões (1) são suficientemente precisas para poderem ser INVALIDADAS (o que indicaria que se não falhou a Astrologia, falhei eu) e (2) têm certamente tão pouco peso para influenciar os acontecimentos em pauta que não sinto a menor cerimônia em publicá-las.


domingo, março 04, 2012

A DEFINIÇÃO DE SER HUMANO


O pensamento ocidental conseguiu PIORAR a famosa definição grega de que o ser humano é um "animal CAPAZ DE RAZÃO", substituindo-a pela estúpida afirmação de que homem é um "animal RACIONAL", transformando mera possibilidade em fato consumado, num passe de mágica que tenta esconder a assustadora frequência em que tal possibilidade fica fragorosamente aquém de ser concretizada.

E, como reparo da definição em tela, simplesmente substituir o "animal racional" por "animal capaz de razão" ainda fica longe de fazer jus à proposta grega, pois perde-se significado ao traduzir o original, que descreve o homem como capaz de "logos", de forma equivalente a considerá-lo capaz de "razão". "Logos" não corresponde apenas a "razão", corresponde a "RAZÃO DISCURSADA", um tipo de razão, portanto, capaz de expressar-se por meio de PALAVRAS. Ou seja, em consonância com o que afirmo em "A Nova Conversa", o acontecer humano só chega a termo quando chega ao termo.

[A propósito, tal como o latim "homo" e o alemão "Mensch", o grego "anthropos" abrange em seu significado não apenas o varão, mas também a mulher. Não ter isso em vista permite que se cometam atrocidades como traduzir ridiculamente por "super-homem" o "Übermensch" - ser humano superior - de Nietzsche.]
Mas, mesmo devidamente remetida a seu significado original, ao conceituar o ser humano como "animal capaz de razão discursada", a definição grega ainda fica aquém do desejável para fazer jus à natureza mais íntima do objeto a que se refere.
Se a capacidade de construir silogismos é o ápice da capacidade de raciocinar - e tendo a considerar que animais não humanos são capazes de fazer isso em um nível pré-verbal - não é só a capacidade de expressar tais silogismos em palavras que caracteriza o humano (Cassirer, por exemplo, tendo isso em conta, define o ser humano como "animal simbólico"), mas, sim, sua capacidade de pensar sobre os próprios silogismos, exarando critérios para determinar se podemos ou não atribuir a cada qual dentre eles valor de verdade. Se, como penso, assim é, a definição que nos ocupa deveria correr:
  
SER HUMANO = ANIMAL CAPAZ DE PENSAR SOBRE O PENSAMENTO,

Ou, numa terminologia que me é cara,

  ANIMAL CAPAZ DE METAPENSAR.