sábado, fevereiro 11, 2012

PSICOTERAPIA NA INTERNET

A publicação de meu livro, "A Nova Conversa", provocou uma grande quantidade de procura nacional (oriunda do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Espírito Santo, de Sergipe etc.) e internacional (de brasileiros residentes nos EUA, na Bélgica e na Dinamarca), solicitando maior detalhamento prático do que proponho ali, seja,  uma maneira cotidiana de falar e ouvir que promove a saúde mental não apenas da pessoa que a emprega como também a daqueles com quem essa pessoa estabelece tal tipo de conversação.  Dessas pessoas, duas - particularmente uma - continuaram procurando-me regularmente, sem que eu lhes impusesse qualquer custo por isso, e, em pouco tempo, tornou-se flagrante que os tipos de mudança na forma de comunicação daí resultante obraram proveitosas modificações em si próprias - mormente no que diz respeito à redução da ansiedade - e na maneira por meio da qual se relacionavam com os demais, modificações às quais apenas cínicos malabarismos intelectuais conseguiriam negar o rótulo de "terapêuticas", ratificando o que afirmo em meu trabalho:  em níveis menos regredidos de disfunção psicológica, INFORMAÇÃO CURA.
Como ficamos?  A atual resolução do CFP sobre a matéria interdita o exercício da atividade psicoterápica via Internet;  não há autoridade dentro de um regime democrático que possa legitimamente pretender impedir-me de falar sobre meu livro através dessa mídia;  e - supino escândalo! - essa fala ameaça ter EFEITOS PSICOTERÁPICOS!
O tipo atual de resolução do Conselho Federal de Psicologia sobre atendimento psicológico via Internet equivale a uma TRAGÉDIA ANUNCIADA: nascerá um MERCADO NEGRO - soberanamente infiscalizável - DE ATIVIDADES PRETENSAMENTE PSICOTERÁPICAS, conseguindo tal resolução e as atividades por ela estimuladas desservir tanto à população quanto aos profissionais, de fato, capazes de exercê-la.
Convido os psicólogos interessados na matéria a juntarem-se a mim em meu Facebook para debatê-la.