0 VAMPIRO
Como, após o sucesso da série de ficção romântica “O Crepúsculo”, a atração do público pelos vampiros está em alta, aproveito para transcrever o trecho de meu livro "A Nova Conversa" em que exponho como essas míticas personagens são a mais elaborada representação simbólica daquela parte de nós mesmos que anseia retornar ao estado intrauterino, detestando, por conseguinte, tudo que diga respeito ao nascimento.
Segue a transcrição do trecho, com pequenas alterações:
"Vampiros detestam a luz (cf. vir à luz = nascer), dormem em caixões (= útero ), têm fome de sangue (= o alimento intrauterino), preferencialmente de mulheres (= mães) virgens (que, por conseguinte, jamais deram à luz). Têm pavor de alho (= vegetal conhecido por ter dentes, representantes de sua própria voracidade projetada nos demais) e da cruz (o sofrimento da crucifixão, por razões excessivamente complexas para que caiba aprofundá-las aqui, representa as dores do nascimento) e não têm imagem no espelho (= não chegaram ao nível de desenvolvimento em que podemos refletir sobre nossos próprios atos, criticando-os)" (Op. cit., pág. 56).
Só depois de publicado o livro, dei-me conta de que havia deixado de apontar outros elementos fundamentais desse mito. Passo a discorrer sobre eles:
Drácula, o decano dos vampiros, é originário da Transilvânia. Ora, "trans(= para além de)silvania (do latim: silva = selva) equivale literalmente a "para além da selva". Se sabemos que "bosque, mata, selva, floresta" têm, em nossa simbologia inconsciente, o significado de "pelos pubianos", ser originário da Transilvânia equivale a ter origem em um lugar situado "para além dos pelos pubianos", seja, no útero!
Adicionemos também o fato – apontado por Otto Rank – de a crucifixão representar simbolicamente as dores do nascimento, em virtude de a cruz remeter à imagem de um “caminho (= vagina) barrado (= osso pubiano)". Se, ademais, reconhecermos a seta como símbolo do pênis, não fica difícil entender por que razão os banheiros femininos, não raramente, são sinalizados pelo símbolo de Vênus (um círculo em cujo inferior se vê uma cruz) e os masculinos pelo de Marte (um círculo ostentando uma seta em plena "ereção")!
Posto isso, em nada espanta que a revolta contra o nascimento se expresse por uma aversão à cruz (nem que o "sinal da cruz" seja um gesto destinado a nos proteger do mal!).
Vale a pena aprofundar esta análise explorando a natureza ambivalente da relação de um recém-nascido para com sua mãe (cf. Abraham, Klein etc.). Temos, por um lado, uma mãe boa – a portadora do útero, em que por primeiro vivemos, e dos seios, que, após a expulsão daquele (simbolicamente representado pelo Paraíso), por primeiro nos alimentaram e, por outro, uma mãe má, porque dona da vagina, doloroso caminho (= cruz) da expulsão, e porque, incapaz de ver a si mesmo, o recém-nascido nela vê sua própria destrutividade oral . Na mitologia do vampiro, o temor da voracidade dessa “mãe má” é não apenas representado pelo já aludido temor aos dentes do alho. Também o é pela fantasia de apenas poder ser morto pelos dentes da mãe: a cunha de madeira e a bala de prata: “cunha” e “bala” representando obviamente os dentes, enquanto “madeira” (que, como “matéria”, deriva do latim mater) e “prata” (referência à cor da Lua), apontam, embora mais veladamente, para a mãe.
Note-se que, na medida em que a morte tão frequentemente temida pela nossa consciência é paradoxalmente desejada por nosso inconsciente como a ansiada volta ao útero (vide: "revertere ad locum tuum" e também "quia pulvis est et in pulveris reverteris"), ser imortal só pode ser uma maldição!
Para finalizar, atentemos para a capa do primeiro volume da saga "O Crepúsculo": ela traz duas mãos oferecendo uma maçã, fruta cuja ingestão assinala a expulsão de Adão e Eva do Útero-Paraíso. Para melhor chegarmos à compreensão do que expressa simbolicamente essa fruta, façamos uso do seguinte sonho:
Nele, um de meus pacientes vê-se frente a frente com uma jovem freira, sua professora num colégio em que estudara e que exercera sobre ele forte atração sexual. Aproxima-se dela, abre seu hábito de forma a expor-lhe um dos seios e dele se aproxima para sugar-lhe o leite. Subitamente, contudo, desiste de seu inicial intento e, sacando de uma gilete, faz-lhe um pequeno corte, "amamentando-se" do sangue que começa a escorrer!
Esse sonho, relatado há cerca de trinta anos, revelou-me o significado simbólico da maçã: ela representa – por ter a forma do seio (inclusive com seu mamilo) e a cor de nosso alimento intrauterino – uma “formação de compromisso” entre a fome de leite e a de sangue!
Os vampiros sedutoramente humanizados (= “genitalizados”, no jargão psicanalítico) de "O Crepúsculo" – aos quais meu enteado de onze anos mui apropriadamente tachou de "anormais" – encarnam a difícil transição a que nos força o nascimento...
EM TEMPO: vampiros SOFREM com sua imortalidade. Esse aparente paradoxo - quantos MORTAIS não a desejariam? - se dissolve se nos lembramos de que, simbólicamente, MORTE = RETORNO AO VENTRE MATERNO, lugar que mais estreitamente associamos à paz e ao descanso. Fica fácil entender por que a expressão latina "resquiescat in pacem" (descanse em paz) tem uma relação tão íntima com lápides e cemitérios...
sexta-feira, agosto 27, 2010
sexta-feira, agosto 20, 2010
MASCULINO, FEMININO, CULTURAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE BEM-ESTAR.
A "CULTURA DE SOBREVIVÊNCIA", VIGENTE NO PERÍODO ANTERIOR AOS "GRANDES DUZENTOS" (1789-1989), EXIGIA UMA ESPECIALIZAÇÃO ENTRE O BÉLICO, GESTANDO, ASSIM, O "MASCULINO" - MAIS CEREBRAL-MEDIATO (REFLEXÕES ESTRATÉGICAS) E AGRESSIVO, - E O DOMÉSTICO, GESTANDO, ASSIM, O FEMININO - MAIS EMOTIVO-IMEDIATO (INTUITIVO) E AMOROSO, - ENQUANTO A "CULTURA DE BEM-ESTAR", QUE LENTAMENTE SE VEM IMPONDO A PARTIR DAQUELE PERÍODO - CARECE POUCO DESSA ESPECIALIZAÇÃO, DANDO ORIGEM AO APARECIMENTO DE FENÔMENOS COMO, POR EXEMPLO, A DIMENSÃO "UNISEX" (Vide Capítulo XVIII de "A NOVA CONVERSA").
sexta-feira, junho 18, 2010
quinta-feira, março 25, 2010
OS PERIGOS DO PRÉ-SAL
Como disse Millôr Fernandes, "toda super-mãe gera um infrafilho".
Corre entre os judeus a estória de que Golda Meir, a famosa premier israelense, soía brincar, dizendo que Moisés tinha sido, de fato, um grande líder, pois tinha conseguido tirar os judeus do Egito e levá-los para o único lugar do Oriente Médio onde não havia petróleo... E que tem petróleo a ver com supermães – ou pais – e infrafilhos?
Para entendê-lo, façamos uso do seguinte trecho de entrevista concedida à revista Veja por José Murilo de Carvalho, um de nossos mais perpicazes historiadores:
“VEJA – Lula ainda teve a sorte da descoberta do campo de petróleo de Tupi...
Carvalho – ... É uma boa notícia, mas também representa um alto risco, porque o petróleo pode ser uma maldição. Se as reservas forem do tamanho previsto e puderem de fato ser exploradas, haverá uma tentação muito grande: a de se usarem os recursos para fins paternalistas dentro do Brasil e em projetos aventureiros fora dele, como faz Hugo Chávez. Temo pelo afogamento da República num mar de petróleo, quando penso nas conseqüências internas: ... um país transformado num imenso INSS, a antítese do ativismo cívico.” (Veja, ed. 2040, ano 40, n. 51, p. 15; grifos meus)
Penso que, se a nossas considerações sobre a frase de Millôr acrescentarmos as de Murilo de Carvalho e as que se atribuem a Golda Meir, chegaremos ao consenso de que não apenas supermães criam infrafilhos, como também superestados criam infracidadãos.
Parece que os fatos não comprovam o que o velho ditado latino "quod abundat non nocet" – o que abunda não prejudica – pretende sustentar.
Corre entre os judeus a estória de que Golda Meir, a famosa premier israelense, soía brincar, dizendo que Moisés tinha sido, de fato, um grande líder, pois tinha conseguido tirar os judeus do Egito e levá-los para o único lugar do Oriente Médio onde não havia petróleo... E que tem petróleo a ver com supermães – ou pais – e infrafilhos?
Para entendê-lo, façamos uso do seguinte trecho de entrevista concedida à revista Veja por José Murilo de Carvalho, um de nossos mais perpicazes historiadores:
“VEJA – Lula ainda teve a sorte da descoberta do campo de petróleo de Tupi...
Carvalho – ... É uma boa notícia, mas também representa um alto risco, porque o petróleo pode ser uma maldição. Se as reservas forem do tamanho previsto e puderem de fato ser exploradas, haverá uma tentação muito grande: a de se usarem os recursos para fins paternalistas dentro do Brasil e em projetos aventureiros fora dele, como faz Hugo Chávez. Temo pelo afogamento da República num mar de petróleo, quando penso nas conseqüências internas: ... um país transformado num imenso INSS, a antítese do ativismo cívico.” (Veja, ed. 2040, ano 40, n. 51, p. 15; grifos meus)
Penso que, se a nossas considerações sobre a frase de Millôr acrescentarmos as de Murilo de Carvalho e as que se atribuem a Golda Meir, chegaremos ao consenso de que não apenas supermães criam infrafilhos, como também superestados criam infracidadãos.
Parece que os fatos não comprovam o que o velho ditado latino "quod abundat non nocet" – o que abunda não prejudica – pretende sustentar.
sábado, março 20, 2010
CRENÇAS E DESCRENÇAS
Poucas pessoas raciocínam de forma suficientemente clara para se dar conta de que não é possível ser-se CRENTE sem se ser DESCRENTE, pois quem NÃO CRÊ em algo CRÊ em seu contrário. E vice-versa.
Conseqüentemente, o ATEU FANÁTICO, que se entende apenas por descrente, chocar-se-ia ao verificar, caso seu fanatismo lho permitisse, que é também um CRENTE: crê na NÃO EXISTÊNCIA de deus(es).
Por outro lado, o TEÍSTA (entendida a palavra como antônima de 'ateu') FANÁTICO, se tal fanatismo lho permitisse, reconheceria ser também um DESCRENTE, pois NÃO CRÊ na possibilidade da NÃO EXISTÊNCIA de deus(es).
Aliás, diga-se de passagem, também os CIENTISTAS FANÁTICOS (responsáveis pelo aparecimento reativo de alguns bobocas que concluem que as descobertas da Física Quântica desautorizam o pressuposto determinista, erradamente suposto incompatível com liberdade de arbítrio) também não se dão conta de que são CRENTES (e concomitantemente descrentes), pois o determinismo absoluto que defendem funda-se no axioma (nome técnico atribuído a qualquer pressuposto indemonstrável, e, portanto, dependendo de CRENÇA para ser assumido) da ESTABILIDADE DO UNIVERSO.
Com efeito, como demonstrar que se, uma vez hipotetizado que “e = mc²”, a empiria tem confirmado isso, amanhã continuará a confirmar também? Esse tipo de cientista fanático é tão crente/descrente quanto qualquer teísta ou ateu.
A única posição em que, de fato, NÃO HÁ CRENÇA, é a posição agnóstica, na qual o que existe é uma SUSPENSÃO DE JUÍZO em relação ao assunto em pauta, sendo qualquer veracidade atribuída a uma proposição teórica relativa a experiências naturais ou sobrenaturais entendida como mera "hipótese de trabalho" que optamos ARBITRARIAMENTE escolher para orientar nossas ações.
Quem se sente por demais inseguro em reconhecer o FUNDO INDEMONSTRÁVEL de suas crenças/descrenças tem grande dificuldade de suportar as crenças/descrenças diferentes dos demais e sendo regularmente vítima de incontrolável tendência a um obsessivo (e maçante) proselitismo.
Conseqüentemente, o ATEU FANÁTICO, que se entende apenas por descrente, chocar-se-ia ao verificar, caso seu fanatismo lho permitisse, que é também um CRENTE: crê na NÃO EXISTÊNCIA de deus(es).
Por outro lado, o TEÍSTA (entendida a palavra como antônima de 'ateu') FANÁTICO, se tal fanatismo lho permitisse, reconheceria ser também um DESCRENTE, pois NÃO CRÊ na possibilidade da NÃO EXISTÊNCIA de deus(es).
Aliás, diga-se de passagem, também os CIENTISTAS FANÁTICOS (responsáveis pelo aparecimento reativo de alguns bobocas que concluem que as descobertas da Física Quântica desautorizam o pressuposto determinista, erradamente suposto incompatível com liberdade de arbítrio) também não se dão conta de que são CRENTES (e concomitantemente descrentes), pois o determinismo absoluto que defendem funda-se no axioma (nome técnico atribuído a qualquer pressuposto indemonstrável, e, portanto, dependendo de CRENÇA para ser assumido) da ESTABILIDADE DO UNIVERSO.
Com efeito, como demonstrar que se, uma vez hipotetizado que “e = mc²”, a empiria tem confirmado isso, amanhã continuará a confirmar também? Esse tipo de cientista fanático é tão crente/descrente quanto qualquer teísta ou ateu.
A única posição em que, de fato, NÃO HÁ CRENÇA, é a posição agnóstica, na qual o que existe é uma SUSPENSÃO DE JUÍZO em relação ao assunto em pauta, sendo qualquer veracidade atribuída a uma proposição teórica relativa a experiências naturais ou sobrenaturais entendida como mera "hipótese de trabalho" que optamos ARBITRARIAMENTE escolher para orientar nossas ações.
Quem se sente por demais inseguro em reconhecer o FUNDO INDEMONSTRÁVEL de suas crenças/descrenças tem grande dificuldade de suportar as crenças/descrenças diferentes dos demais e sendo regularmente vítima de incontrolável tendência a um obsessivo (e maçante) proselitismo.
terça-feira, março 16, 2010
LULA E SÓCRATES
AS PESSOAS CRITICAM TANTO O LULA PORQUE NÃO COMPREENDEM QUE ELE NÃO PASSA DE UM FIEL DISCÍPULO DE SÓCRATES, APLICANDO COM ABSOLUTA COERÊNCIA, NA POLÍTICA, O QUE DISSE DE SI PRÓPRIO O GRANDE FILÓSOFO: "TUDO QUE SEI É QUE NADA SEI!"
terça-feira, março 02, 2010
OS FANATISMOS DE DIREITA E OS DE ESQUERDA
Enquanto os fanáticos de direita oferecem liberdade sem proteção, os de esquerda oferecem proteção sem liberdade.
domingo, junho 15, 2008
OS DEMÔNIOS E A PALAVRA
"No hiduísmo, os demônios são designados pelo nome de asuras, isto é, SERES DESPROVIDOS DE PALAVRAS" (Olavo de Carvalho, em seus comentários a "Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão", de Arthur Schopenhauer. A maiusculação é minha).
A esse dito podemos acrescentar outro, de Joseph Campbell, cuja referência completa,no momento, não tenho em mãos.": "Um demônio é um anjo que não foi escutado".
A esse dito podemos acrescentar outro, de Joseph Campbell, cuja referência completa,no momento, não tenho em mãos.": "Um demônio é um anjo que não foi escutado".
quinta-feira, abril 17, 2008
APEDEUTOCRACIA
Aristóteles era ótimo,listava três tipos de regime, dizendo que todos eles podiam ser bons ou "pervertidos":
1. A monarquia, cuja forma pervertida era a tirania;
2. A aristocracia, cuja forma pervertida era a oligarquia; e
3. A democracia, cuja forma pervertida era a apedeutocracia (a idéia da perversão
da democracia ser a tomada do poder pelos incompetentes para governar é dele, o neologismo é meu).
Bom demais, não?
Quem estuda a história de Roma, sabe que versão de que a monarquia etrusca foi deposta para a instalação da republica é a "maquiagem" de uma realidade que seria melhor descrita se disséssemos que: uma MONARQUIA REPUBLICANA (que considerava o povo um conjunto de CIDADÃOS), foi substituída por uma OLIGARQUIA DITATORIAL (que, compreensivelmente, se autonomeava república, e que considerava o povo um conjunto de SÚDITOS, entenda-se, "sub-ditos", entenda-se, "ditados" pelos "ditadores").
A única superioridade da forma pervertida da democracia sobre a forma pervertida da
monarquia e da aristocracia é QUANTITATIVA: no seu caso, os ditadores são muitos e os "ditados" são poucos.
(Aliás, nossas oligarquias merecem estar sendo vítimas dos apedeutas, elas trataram de garantir, ao longo de nossa história, que eles se multiplicassem...)
1. A monarquia, cuja forma pervertida era a tirania;
2. A aristocracia, cuja forma pervertida era a oligarquia; e
3. A democracia, cuja forma pervertida era a apedeutocracia (a idéia da perversão
da democracia ser a tomada do poder pelos incompetentes para governar é dele, o neologismo é meu).
Bom demais, não?
Quem estuda a história de Roma, sabe que versão de que a monarquia etrusca foi deposta para a instalação da republica é a "maquiagem" de uma realidade que seria melhor descrita se disséssemos que: uma MONARQUIA REPUBLICANA (que considerava o povo um conjunto de CIDADÃOS), foi substituída por uma OLIGARQUIA DITATORIAL (que, compreensivelmente, se autonomeava república, e que considerava o povo um conjunto de SÚDITOS, entenda-se, "sub-ditos", entenda-se, "ditados" pelos "ditadores").
A única superioridade da forma pervertida da democracia sobre a forma pervertida da
monarquia e da aristocracia é QUANTITATIVA: no seu caso, os ditadores são muitos e os "ditados" são poucos.
(Aliás, nossas oligarquias merecem estar sendo vítimas dos apedeutas, elas trataram de garantir, ao longo de nossa história, que eles se multiplicassem...)
quarta-feira, abril 09, 2008
SAÚDE MENTAL HUMANA
SAÚDE MENTAL HUMANA = "capacidade de, mediante a interação harmônica de intenções passíveis de serem verbalmente representadas, orientar o próprio comportamento de forma a, dentro das limitações impostas pelo meio ambiente, obter o máximo possível de prazer e de funcionalidade."
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