Só quando os eixos “homem-mulher”, “masculino-feminino” e “maternal-paternal” forem reconhecidos em sua autonomia, merecendo, cada um deles, uma abordagem em separado para, após isso, analisarem-se suas interações, poderá a questão dos direitos e obrigações de homens e mulheres ser devidamente aproximada.
O quadro abaixo põe a claro uma obviedade frequentemente descuidada e que abordei en passant, em meu artigo “Elisabeth Badinter e a Idealização da Maternidade”, postado neste saite. Com efeito, o quadro explicita como em vez de DUAS CATEGORIAS, que vão no quadro sombreadas – o homem masculino e paternal e a mulher feminina e maternal – há OITO CATEGORIAS a serem devidamente respeitadas para que uma adequada aproximação da matéria se torne viável. Vejamos:
HOMEM | MULHER | ||||||
MASCULINO | FEMININO | MASCULINA | FEMININA | ||||
Paternal | Maternal | Paternal | Maternal | Paternal | Maternal | Paternal | Maternal |
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |
Nossa cultura ainda não exige a organização de um “movimento masculista” (vai, é claro, acabar exigindo), mas o “movimento feminista”, que já se fez necessário, ficará à deriva, enquanto não reconhecer a realidade das oito categorias que o quadro expõe.
Isso não parece suficientemente explicitado na defesa da mulher, não obstante o quanto meritória, levada adiante por Badinter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário